979 resultados para Ave Grande, Ilha (RJ)


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O comportamento territorial uma estratgia de monopolizao de recursos quando esses so essenciais para o sucesso reprodutivo de um organismo. Um territrio uma rea de uso exclusivo, defendido contra invasores coespecficos de mesmo sexo, resultante da interao social entre vizinhos. A territorialidade exerce importante papel no sistema reprodutivo de uma espcie, pois influencia a participao do macho na reproduo. Nesses casos, as fmeas podem obter vantagens diretas, como stios de nidificao e cuidado parental. O comportamento territorial tambm exerce influncia na regulao do tamanho populacional atravs de uma relao entre custos e benefcios individuais: em ambientes timos e com alta densidade populacional, os territrios so pequenos com pouca substituio, e jovens machos tm dificuldade para conseguirem estabelecer-se. O presente estudo teve como objetivo investigar aspectos comportamentais do tropeiro-da-serra, espcie rara e endmica de Floresta Atlntica, com distribuio bastante restrita. Ao longo de 18 meses na Ilha Grande (RJ), analisamos seu comportamento territorial, mensuramos os tamanhos de territrios individuais de machos e realizamos estimativas de densidade populacional. O playback foi utilizado para atestar a presena de territorialidade na espcie, para simular a aproximao de coespecficos (interaes intraespecficas) e para induzir o deslocamento dos indivduos at os limites de seus territrios. Para investigar as respostas comportamentais aproximao de invasores, analisamos quantitativamente as reaes dos indivduos a estmulos sonoros (vocalizao espontnea e induzida pelo playback). Os territrios individuais foram definidos em duas estaes reprodutivas atravs do mtodo do Mnimo Polgono Convexo (MPC) em uma rea equivalente a 20ha. A densidade populacional foi definida atravs do nmero de territrios encontrados e pelo nmero de indivduos vistos/ouvidos por unidade de rea atravs de transeces lineares. As vocalizaes espontneas e induzidas ocorreram somente entre os meses de agosto a janeiro, caracterizando uma estao reprodutiva bem definida. Durante este perodo, os machos tornaram-se solitrios e agressivos com coespecficos; na fase no-reprodutiva, entretanto, os indivduos mostram-se sociveis, forrageando em pequenos grupos de at quatro indivduos. Os resultados indicam que o territrio estabelecido para a monopolizao de alimento e acesso s fmeas. Essas observaes sugerem que a espcie estudada territorialista. Foram estimados sete territrios com valores entre 0,21ha e 0,73ha (0,43 + 0,16ha). Os indivduos apresentaram fidelidade territorial, ocupando os mesmos territrios em duas estaes reprodutivas. A densidade populacional de L. lanioides apresentou flutuaes ao longo do ano, com os maiores valores encontrados durante a estao reprodutiva (variando entre 0,37 e 1,84 indivduos/ha). Flutuaes na densidade populacional podem apontar migraes altitudinais motivadas por variaes na disponibilidade de recursos alimentares. Conclumos que o comportamento reprodutivo de L. lanioides no se enquadra no conceito de sistema reprodutivo em leks, conhecido em outros cotingdeos (ex. Lipaugus vociferans), no qual a corte um comportamento social, com disputa por status de dominncia, e o papel do macho resume-se cpula sem benefcios diretos para as fmeas. Dessa forma, os resultados do presente estudo trazem informaes originais sobre a biologia de L. lanioides

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Atualmente observa-se uma expressiva perda de biodiversidade global resultante de atividades antrpicas, sendo a introduo de espcies exticas uma das mais impactantes. A jaqueira Artocarpus heterophyllus uma espcie extica introduzida no Brasil durante o perodo colonial, sendo considerada invasora em diversas localidades. Na Mata Atlntica invade reas de mata aberta e de borda, habitualmente associadas a ambientes antrpicos. Na Ilha Grande encontrada em grande abundncia em decorrncia do histrico de ocupao humana. Para compreender como a mastofauna responde a presena da jaqueira, o Laboratrio de Ecologia de Mamferos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) vem desenvolvendo um estudo ao longo de seis anos nos arredores da Vila Dois Rios, localizada na face ocenica da Ilha Grande. A partir dos resultados prvios iniciou-se uma segunda etapa do estudo no mesmo local que buscou avaliar diferentes mtodos de controle das jaqueiras. O presente estudo uma continuao direta desses dois trabalhos anteriores e teve como objetivo acompanhar as respostas da comunidade de pequenos mamferos no perodo imediatamente posterior ao controle. Durante 18 meses foram amostradas bimestralmente 18 grades, 10 aonde foi efetuado o controle das jaqueiras e 8 aonde no foi constatada a presena desta rvore. Em cada grade foram colocadas 11 armadilhas de captura viva sendo banana a isca utilizada. Os mamferos capturados foram medidos e suas fezes coletadas. A quantidade de jacas em cada rea tambm foi anotada bimensalmente. As fezes foram analisadas em laboratrio e as sementes encontradas identificadas. Os resultados obtidos indicam que a influncia de A. heterophyllus sobre a estrutura da comunidade de pequenos mamferos foi menor aps o tratamento de controle. A nica espcie que parece ainda responder a abundncia de jaqueiras o roedor Trinomys dimidiatus, que apresentou densidades mais elevadas nas reas em tratamento, porm mais prximas a resultados obtidos para espcies congneres em reas pouco antropizadas. Utilizando uma abordagem de redes complexas observamos que, embora T. dimidiatus seja a espcie mais abundante em termos de nmero de indivduos, o gamb Didelphis aurita parece ser a espcie de mamfero mais importante para disperso de sementes nativas, aparecendo como espcie com maior nmero de conexes com espcies de sementes nas redes contrudas para as reas sem jaqueiras e com jaqueiras antes e aps o tratamento. Finalmente, a partir dos dados obtidos criamos um modelo matemtico para a populao de T. dimidiatus dos arredores da Vila Dois Rios, baseado em um crescimento logstico. Os resultados do modelo proposto se mostraram correlacionados com os dados de abundncia reais, de modo que ele parece ser um simulador adequado da populao local.

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Este estudo investigou a variao altitudinal da comunidade de anfbios anuros em uma montanha de floresta Atlntica da Ilha Grande, avaliando a ocorrncia, distribuio, organizao e riqueza de anuros nas diferentes altitudes. Estabelecemos seis faixas de altitude para realizao do estudo: 150, 300, 450, 600, 750 e 900 metros acima do nvel do mar. Utilizamos duas metodologias de amostragem: o mtodo de parcelas grandes (5 x 5 metros) e o mtodo de transeco, entre janeiro de 2008 e maro de 2009. Os dados indicaram que na regio de Mata Atlntica do Pico do Papagaio ocorre uma considervel riqueza de espcies de anuros, a qual varia dependendo da faixa de altitude ao longo do gradiente altitudinal do morro. Houve em geral uma tendncia a um decrscimo da riqueza com aumento da altitude, com exceo da altitude de 900 metros, onde a riqueza teve um aumento quando comparado faixa altitudinal imediatamente abaixo. Nossos dados mostram ainda que ao longo de todo o gradiente altitudinal do morro, as maiores riquezas de anuros em geral ocorrem nas faixas de altitudes de 150 e 300 metros. Nossos dados indicaram para a regio estudada uma considervel densidade de anuros, que alm de variar significativamente entre as estaes seca e chuvosa, foi influenciada negativamente pela altitude: na medida em que houve um aumento da altitude ocorreu uma correspondente diminuio na densidade geral de anuros da comunidade componente. A anurofauna da regio do Pico do Papagaio apresentou uma queda abrupta na abundncia a partir dos 450 metros de altitude, com grande dominncia, em termos numricos, de trs espcies com desenvolvimento direto. Nossos dados mostraram haver uma variao sazonal na abundncia e, nas densidades de anuros na regio do Pico do Papagaio. Conclumos que a regio de Mata Atlntica do Pico do Papagaio possui uma elevada riqueza de espcies de anuros, a qual varia ao longo do gradiente altitudinal com os maiores valores de riqueza e abundncias encontradas entre as faixas de 150 e 300 metros, o que pode ser favorecido pela menor inclinao do terreno, pela maior ocorrncia de cursos dgua e pela elevada pluviosidade que ocorre nestas faixas altitudinais na Ilha Grande. A considervel similaridade na comunidade componente de anuros entre as altitudes de 150 e 300 pode resultar da similaridade estrutural da vegetao entre estas faixas de altitudes. A regio em geral teve uma alta densidade de anuros, que alm de variar sazonalmente, foi negativamente influenciada pela altitude. A observada reduo na abundncia dos anuros a partir dos 450 metros de altitude pareceu favorecer espcies com desenvolvimento direto.

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A chuva de sementes a dinmica de disperso de uma floresta, representando o que chega ao solo por meio dos agentes dispersores. Na comunidade de plantas, as sndromes de disperso predominantes permitem entender os estdios sucessionais, estrutura e o nvel de conservao da vegetao. No Brasil, a jaqueira, Artocarpus heterophyllus, considerada uma espcie extica invasora, que foi introduzida no perodo colonial. Essa invaso biolgica pode comprometer a disperso dos disporos de espcies nativas pela chuva de sementes, j que a disperso influenciada pela distribuio espacial das plantas e pelas barreiras presentes no ambiente. O trabalho teve por objetivo verificar se a jaqueira, por ser uma espcie extica invasora, influncia na composio e abundncia da chuva de sementes. O estudo foi realizado em floresta Atlntica, localizada no Parque Estadual da Ilha Grande, RJ. Foram utilizados para a coleta da chuva de semente 16 coletores de 1m de dimetro, em reas com (C) e sem (S) jaqueira, totalizando 32 coletores verificados mensalmente durante um ano de coleta. As anlises estatsticas realizadas foram ANOVA, Regresso e NMDS, com o objetivo de verificar se a presena da jaqueira estaria influenciando na chuva de sementes quanto a riqueza, composio e abundncia. Foram coletadas 320 amostras e contabilizadas 166.376 sementes, sendo encontrados 84 morfoespcies, 29 espcies em 25 famlias e 55 morfoespcies no identificadas. As reas sem (S) jaqueira apresentaram maior riqueza, menor abundncia e maior diversidade. Nas reas com jaqueira (C) a abundncia de sementes nativas apresentou uma relao negativa com a abundncia dessa extica nas parcelas. A composio e a abundncia dos disporos no tiveram uma separao ntida entre as reas com e sem jaqueiras, como mostrado no NMDS. Porm, quando analisado o primeiro eixo do NMDS com a abundncia de jaqueiras, a ordenao das grades mostrou ter uma relao com a abundncia de jaqueiras. As principais sndromes de disperso observadas no trabalho, referente s espcies que foram identificadas, foram anemocoria e a zoocoria, sendo esta ultima sndrome a mais abundante entre as reas. Os resultados mostraram que a presena das jaqueiras afeta, negativamente a chuva de sementes no Parque Estadual da Ilha Grande. Uma menor riqueza e abundncia de sementes nativas alcanaram o solo nas reas com jaqueira (C) podendo afetar a sucesso e a dinmica da floresta.

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Melanoides tuberculata (Mller, 1774), molusco extico lmnico de origem afroasitica, foi registrado pela primeira vez na Vila do Abrao, Ilha Grande, Angra dos Reis, Rio de Janeiro, em 2005. Atua como primeiro hospedeiro intermedirio de diversos trematdeos de importncia mdica. As populaes so compostas majoritariamente por fmeas partenogenticas que possuem um marspio onde se desenvolvem os juvenis. Os objetivos foram verificar: a presena de machos; se existem flutuaes na produo de ovos e juvenis ao longo do tempo; quando a maturidade sexual atingida e, a existncia de parasitos relacionando sua presena com o nmero de ovos e juvenis. Para a contagem de ovos e juvenis, foram utilizadas fmeas coletadas bimestralmente de setembro/07 a outubro/10, separadas em quatro classes de tamanho, segundo o dimetro da concha: Classe I: < 3mm; Classe II: 3 a 5,99mm; Classe III: 6 a 8,99mm; Classe IV: > 9mm. Separamos cinco fmeas/classe, totalizando 20 fmeas/coleta, exceto nas amostras de setembro/07 (16 exemplares), abril/09 (19 exemplares) e de abril/10 (13 exemplares), totalizando 348 fmeas. Para observao dos parasitos, ovos e juvenis o teto da cavidade palial foi retirado e o marspio dissecado. Classificamos os juvenis em classes de acordo com o nmero de voltas: com menos de duas; com duas a quatro e com mais de quatro. Os dados foram analisados utilizando Excel e SYSTAT 12. Para a histologia da gnada e do marspio, utilizamos cinco exemplares coletados mensalmente de setembro/12 a fevereiro/13, de cada classe de tamanho, totalizando 20 espcimes/coleta, exceto em outubro/12, quando 16 espcimes foram usados, pois somente um espcime da Classe IV foi encontrado. Os espcimes foram fixados em formalina Millonig de Carson, descalcificados em EDTA, includos em parafina e corados em hematoxilina e eosina. Foram encontrados 16 machos. Quantificamos 24.694 ovos e 31.474 juvenis, com as seguintes mdias: Classe I: 0 ovos e 0,31 juvenis; Classe II: 24,19 ovos e 47,56 juvenis; Classe III: 114,84 ovos e 155,78 juvenis; Classe IV: 146,76 ovos e 158,41 juvenis. O teste de Kruskal-Wallis mostrou que existe variao significativa no nmero de ovos e juvenis ao longo do ano (p < 0,01 para ambos) e entre o nmero de ovos e juvenis entre as diferentes classes de tamanho de concha (p <0,01 para ambos). Foram contabilizados 27.877 juvenis com menos de duas voltas, 3.251 juvenis com duas a quatro voltas e 346 juvenis com mais de quatro voltas. Dentre 348 fmeas, 111 estavam parasitadas (32% do total) por Centrocestus formosanus (Nishigori, 1924). O Teste de Mann-Whitney, levando em considerao todas as fmeas, demonstrou que fmeas parasitadas apresentaram menor nmero de ovos e juvenis que as no parasitadas ( p<0,01). Excluindo as fmeas da Classe 1, o resultado do teste foi o mesmo (p< 0,01). Conclumos que: a populao de M. tuberculata da Vila do Abrao no formada somente por fmeas; as fmeas se reproduzem o ano todo, pois foram encontrados ovos e juvenis em todas as coletas; que quanto maior a fmea h mais ovos e, em mdia, h mais juvenis no marspio; que a maturidade sexual alcanada com aproximadamente 3 mm de dimetro de concha, devido a presena de ovcitos vitelognicos tardios e, que o parasitismo afeta negativamente M. tuberculata, reduzindo o nmero de ovos e juvenis formados

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O comportamento espacial dos indivduos um componente chave para se entender a dinmica de populao dos organismos e esclarecer o potencial de migrao e disperso das espcies. Vrios fatores afetam a atividade de locomoo de moluscos terrestres, como temperatura, luz, umidade, poca do ano, tamanho da concha, sexo, estratgia reprodutiva, idade, densidade de coespecficos e disponibilidade de alimento. Um dos mtodos usados para estudar deslocamento de gastrpodes terrestres o de marcao-recaptura. Gastrpodes terrestres se prestam a este tipo de estudo por causa de (1) seu reduzido tamanho, (2) fcil manejo, (3) fcil captura e (4) pequenas distncias de deslocamento e, consequentemente, reduzidas reas de vida. Estes organismos servem como modelo para o estudo de ecologia espacial e disperso. Estudos de populao, investigando o uso do espao, a distribuio espacial, a densidade populacional e a rea de vida so escassos para moluscos terrestres e ainda mais raros em reas naturais tropicais. Nosso objeto de estudo Hypselartemon contusulus (Frussac, 1827), um molusco terrestre carnvoro, da famlia Streptaxidae, muito abundante na serrapilheira, em trechos planos de mata secundria na Trilha da Parnaioca, Ilha Grande, Rio de Janeiro. A espcie endmica para o estado do Rio de Janeiro. Seu tamanho de at 7,2 mm de altura, apresentando 6 a 7 voltas. Neste trabalho estudamos as variveis temperatura ambiente, temperatura do solo, umidade do ar, luminosidade, profundidade do folhio, tamanho do animal, densidade de co-especficos e densidade de presas, relacionando estes dados ecolgicos ao deslocamento observado em Hypselartemon contusulus. Uma das hipteses de trabalho que estas variveis afetam seu deslocamento. O trabalho foi realizado na Ilha Grande, situada ao sul do Estado do Rio de Janeiro, no municpio de Angra dos Reis. Os animais foram capturados e marcados com um cdigo individual pintado na concha com corretor ortogrfico lquido e caneta nanquim. As distncias de deslocamento, em cm, foram registradas medindo-se as distncias entre marcadores subsequentes. Os resultados encontrados indicam que o mtodo utilizado eficaz para marcar individualmente Hypselartemon contusulus em estudos de mdio prazo (at nove meses). Sugerimos o uso deste mtodo de marcao para estudos com gastrpodes terrestres ameaados de extino, como algumas espcies das famlias Bulimulidae, Megalobulimidae, Streptaxidae e Strophocheilidae. Hypselartemon contusulus no mantm uma distncia mnima de seus vizinhos, ativo ao longo de todo o ano e ao longo do dia, demonstrando atividade de locomoo e predao. No foram encontrados animais abrigados sob pedra ou madeira morta. No foram observados locais de atividade em oposio a lugares de repouso/abrigo. Beckianum beckianum (Pfeiffer, 1846) foi a presa preferencial. A densidade populacional variou de 0,57 a 1,2 indivduos/m2 entre as campanhas de coleta. A espcie desloca-se, em mdia, 26,57 17,07 cm/24h, na Trilha da Parnaioca, Ilha Grande. A rea de vida de H. contusulus pequena, sendo de, no mximo, 0,48 m2 em trs dias e 3,64 m2 em 79 dias. O deslocamento da espcie variou ao longo do ano, mas esta variao no afetada pelas variveis ecolgicas estudadas. Este , portanto, um comportamento plstico em H. contusulus e, provavelmente, controlado por fatores endgenos.

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A poluio do ar um problema de sade pblica nas grandes cidades, no Brasil e no mundo. As principais fontes de contaminao so as emisses dos veculos automotores, indstrias, usinas de energia, e as atividades humanas em geral, como a agricultura. Os objetivos deste estudo foram investigar as associaes de curto prazo entre os nveis de material particulado (PM10) e internaes de crianas e idosos, devido a problemas respiratrios ou cardiovasculares em uma regio ao leste do Rio de Janeiro cidade, conhecida como Grande Tijuca. Uma associao entre PM10 e os resultados obtidos sobre a populao sensvel foi encontrada na rea de estudo.

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Ps-graduao em Geocincias e Meio Ambiente - IGCE

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Esta dissertao consiste de dois captulos, cada um correspondendo a um estudo realizado de modo independente. Em um crrego de Mata Atlntica, Rio de Janeiro, Brasil, foram estudados efeitos de herbvoros e de controles ambientais no perifton. No primeiro trabalho foram testados os efeitos do camaro Potimirim glabra, um engenheiro do ecossistema, nos parmetros metablicos de comunidades perifticas (Produo, Respirao, Metabolismo Lquido da Comunidade e razo Produo:Respirao). O tratamento de incluso de Potimirim produziu resultados inversos aos esperados, com aumento da clorofila e massa seca das comunidades perifticas, levantando dvida com relao eficcia dos tratamentos. Nenhuma das variveis metablicas esteve relacionada aos tratamentos. Considera-se que efeitos artefato da gaiola utilizada na incluso dos camares podem ter prejudicado o efeito esperado de remoo de material pelos camares. Os resultados podem indicar, entretanto, que para o efeito de herbvoros os parmetros clorofila e massa seca sejam mais sensveis e variveis que os metablicos para as comunidades estudadas. So recomendados futuros trabalhos com metodologias que reduzam os efeitos artefato, tais como excluso de herbvoros com cercas eltricas. No segundo trabalho, foram estudados os estoques, a distribuio e os controles da biomassa periftica para o crrego. Entre os substratos estudados, a areia apresentou os maiores estoques, com 5 vezes mais clorofila e 20 vezes mais massa seca que os substratos pedra e folha. Diferenas entre trechos com diferentes densidades do camaro herbvoro Potimirim glabra revelaram para o substrato pedra menores valores de massa seca para os locais onde o camaro mais numeroso. Entre as variveis ambientais, apenas a profundidade esteve relacionada aos dados de biomassa nos substratos pedra e areia. A comparao dos dados deste estudo com trabalhos anteriores pode indicar que distrbios provocados por enchentes podem alterar os estoques e os padres de distribuio para este crrego.

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Atualmente, sabe-se que danos causados por espcies exticas invasoras so umas das principais causas de extino de espcies, afetando mais seriamente espcies que evoluram em ilhas. A jaqueira, Artocarpus heterophyllus Lamarck (Moraceae) originria das florestas tropicais da ndia. Foi introduzida no Brasil ainda no perodo Colonial e atualmente invasora em reas de Mata Atlntica, incluindo a Ilha Grande, RJ. Durante trs anos foram amostrados bimestralmente 18 grades, 10 com diferentes densidades de jaqueiras e oito sem jaqueiras. Em cada grade foram colocadas 11 armadilhas de captura de mamferos, que ficavam abertas durante trs dias consecutivos por ms. No laboratrio as fezes de todos os animais capturados foram analisadas para verificar a dieta e a quantidade de sementes nativas defecadas. Para verificar as espcies capazes de predar e dispersar sementes de jaca, fizemos testes com sementes de jaca atados a carretis e armadilhas fotogrficas. Neste contexto, o estudo teve como objetivo verificar a influncia da jaqueira na comunidade de pequenos mamferos e na disperso de sementes de espcies nativas. Os resultados mostraram que em reas com maior densidade de jaqueiras adultas, houve uma maior abundncia de espcies frugvoras e a diminuio da abundncia de espcies mais insetvoras. Embora a jaqueira no tenha influenciado no consumo de itens de origem animal e vegetal entre reas com e sem jaqueiras e durante os perodos de maior e menor frutificao, essa espcie desfavoreceu a disperso de sementes nativas. Em reas com maior densidade de jaqueiras verificamos uma quantidade menor de sementes nativas sendo defecadas pelos pequenos mamferos. O nmero de sementes defecadas durante o perodo de menor frutificao das jaqueiras no foi significativo em relao ao perodo de maior frutificao e em todos os perodos somados. J em relao frequncia de fezes contendo sementes nativas, os resultados das regresses simples foram significativos para todos os perodos. O fruto da jaqueira A. heterophyllus foi mais consumido por D. aurita, T. dimidiatus eCuniculus paca, sendo que D. auritano teve influncia sobre a predao e a disperso de sementes de jaca. Os roedores T. dimidiatuse C. paca foram registrados pelas armadilhas fotogrficas predando 20% e 16% das sementes de jaca e carregaram 65% e 44% das sementes, respectivamente. Os testes com carretel mostraram que 86% das sementes foram predadas, 10% foram deixadas intactas no local e apenas 4% foram dispersas a pequenas distncias, entre 2 e 15 metros, sendo possvel que esses roedores propiciem a disperso dessa espcie extica e invasora para novas reas

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No disponvel

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A forma e o tamanho de um determinado organismo devem caracterizar aspectos ecolgicos, uma vez que a morfometria resultado da evoluo. Diferenas nos caracteres morfolgicos podem ter sido causadas por isolamento geogrfico, mesmo em perodos de tempo relativamente curtos. O estudo da morfologia ecolgica uma tentativa de compreender a relao funcional entre variao morfolgica e a ecologia dos animais. A variao nos atributos morfomtricos de tamanho corpreo entre os sexos pode ser um resultado da ao da seleo sexual. O presente estudo aborda uma comparao intrasexual e entre rea continental e insular da morfologia de Conopophaga melanops (Vieillot, 1818), tendo sido realizado em uma rea na Ilha Grande e em outra rea na Reserva Ecolgica Rio das Pedras (ReRP), RJ. A espcie, endmica de Mata Atlntica e estritamente florestal, apresenta dimorfismo sexual, contudo indivduos jovens possuem plumagem similar a de fmeas. As aves foram capturadas com redes neblina, e doze medidas morfomtricas foram obtidas de 51 indivduos. A confirmao do sexo foi realizada por mtodos moleculares baseados no DNA em 69 amostras. O percentual de erro na identificao do sexo em campo, pela plumagem, foi de 9,7%. A confirmao molecular do sexo uma importante ferramenta que tm potencial de revelar padres demogrficos em estudos comportamentais e reprodutivos desta espcie. Na ReRP o comprimento da asa e a varivel distncia da cabea at a ponta do bico apresentaram uma diferena significativa, sendo maior para machos do que para fmeas. J na Ilha Grande, as nicas variveis que apresentaram diferena significativa foram comprimento da cauda (maior em machos) e altura do bico na base (maior em fmeas). As diferenas de tamanho da asa entre os sexos corroboram com padres de diversas outras espcies Neotropicais. A diferena morfomtrica do bico pode estar associada ecologia alimentar desta espcie. Tanto fmeas quanto machos foram maiores na ilha do que no continente com relao ao comprimento total e comprimento da asa, alm de comprimento da cauda maior para os machos.

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A falta de infraestrutura adequada para a coleta e o tratamento de esgotos atinge vrias comunidades costeiras e de sistemas insulares do Estado do Rio de Janeiro, que vivem em condies de insalubridade. O objetivo do presente estudo foi avaliar o desempenho de um ecossistema engenheirado para tratamento descentralizado de esgoto domiciliar implantado no Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentvel (CEADS) da UERJ, na Vila Dois Rios, Ilha Grande - RJ, com nfase na contribuio de macrfitas e algas em tanques vegetados como tratamento tercirio para a melhoria geral da qualidade do efluente e em especial, para remoo de nutrientes. O sistema composto por caixa controladora de vazo, caixa de gordura, fossa sptica, filtro aerado submerso, decantador secundrio e o conjunto de tanques vegetados contendo as macrfitas aquticas Eichhornia crassipes, Schoenoplectus sp., Panicum cf. racemosum + Cyperus ligularis, alm de um tanque de algas entre as 2 primeiras macrfitas. Os principais parmetros monitorados em amostras quinzenais obtidas durante o perodo de 09/2009 a 07/2010 em 10 pontos de coleta equivalentes sada do efluente de cada unidade de tratamento foram: OD, pH, Cond. Eltrica, Temperatura, DBO5, DQO, SST, SDT, Nitrognio amoniacal, Nitrito, Nitrato e Fsforo total. A vazo mdia do sistema foi 52 L/h. A produo primria de biomassa das macrfitas e o metabolismo no tanque com algas tambm foram estimados. A eficincia mdia do ecossistema engenheirado foi de 93% de reduo dos SST, 93% de DBO, 90% da DQO, 30% de N amoniacal e, 38% de Fsforo. O conjunto de tanques vegetados promoveu um aumento mdio de oxignio dissolvido (OD) em 182% comparados ao valor de sada do decantador. Pode-se concluir que esse sistema contribuiu para uma melhoria geral da qualidade do efluente final com relao a praticamente todos os parmetros, ainda que em alguns casos, apenas de forma incremental. Houve maior produo mdia de biomassa (peso seco.dia-1) e reteno mdia de gua na espcie E. crassipes (aguap) em comparao com as espcies Schoenoplectus sp, P. cf. racemosum e C. ligularis. A baixa produo primria no tanque de algas em relao respirao, pelo menos no perodo monitorado, indica condies desfavorveis remoo de nutrientes (N e P) nesse tanque atravs da incorporao na biomassa. Uma investigao mais detalhada acerca dos parmetros de projeto que inclua um eventual redimensionamento do decantador e do tanque de algas sugerida.